sábado, abril 01, 2006

Expect the unexpected!

Citando uma música de rap dos early nineties (penso eu ser dessa altura não sei muito bem de quem?): And when you least expect it, Expect the unexpected!!!

De facto a noite passada no Bairro Alto, aconteceu-me isso duplamente. Não de uma forma trágica ou completamente surpreendente, antes de uma forma simples, em parte já antecipada, noutra parte, possivelmente natural (?). Os episódios seguiram então como passo a relatar:

Act One - Aproveitei uma boleia de uma amiga/co-worker para ir para o centro da cidade porque ela tinha um jantar perto do Príncipe Real às 2100 e queria passar o tempo até lá. Fiz-lhe companhia (e gozei da sua) pelas ruas adjacentes ao Bairro Alto, para nos dirigirmos ao Chiado (mais propriamente aos Armazéns do) porque também tinha o interesse de ir comprar um bilhete para os Kings of Convinience (não fosse o contratempo de ter deixado um cheque fnac em casa que me daria jeito gastar nisso e do facto de já o não encontrar na lista de concertos agendados). Passeámos em busca de um par de ténis para ela (anda com necessidade de calçado mais confortável) pelas lojas da zona, caminhámos quase até perto do Rossio e voltámos para a boca do metro em frente à Brasileira para ela se reunir com as suas convívas para o repasto notívago. Fui com elas até à porta do restaurante e depois segui para o local do meu jantar (marcado para dali a uma hora entre o Jardim das Amoreiras e a Artilharia Um; para meu espanto, cheguei lá em pouco mais de 5-10 min), tendo combinado com ela um possível reencontro no Bairro Alto após os repastos. Este encontro no Bairro Alto com ela é já uma coisa por se concretizar há uns meses mas que tem insistido em não acontecer. Mas esta noite parecia que finalmente se iria concretizar. Lá fui para o meu jantar, e como já é hábito fomos de seguida parar ao Bairro (e não foi preciso eu forçar muito porque vamos lá quase sempre). Entretanto sabia que ela já lá estava (começara a jantar uma hora antes e já estava lá ao lado enquanto nós ainda tivemos de andar à busca do estacionamento perdido). Estando eu de pés firmes no Bairro, tentei contactá-la para finalmente termos o tão adiado encontro naquele sítio. Mas nada. Nenhuma resposta do outro lado. Uns minutos depois recebo uma chamada, já estava a caminho de casa. Nada que eu não tivesse previsto e prenunciado em voz alta durante a tarde (talvez por força do receio?), mas mesmo assim foi inesperado por já estar tão perto de se concretizar. Too bad, maybe some other time.

Act Two - Andava eu pela socialização natural do local quando se me deparam a meus olhos duas (a início) figuras conhecidas, mas não daquelas bandas. Duas amigas recentes que conheci através de uma outra que reencontrei há uns meses (após talvez uns 12 anos de hiato). Ela viria a mostrar-se no encalço das duas precedentes (mais tarde fizeram-me notar que ainda tinha ido uma quarta que não notei por estar a cumprimentar a minha amiga). O estranho e inesperado disto é que pelo que sabia, ela (em particular, as restantes não sei ao certo) não era grande fã de saídas nocturnas em locais com algum reboliço e movimentação. É mais do género de fazer os seus serões em casa com os seus, nos quais tive e terei sempre o prazer de participar desde o nosso reencontro. Mas pelo que me confessaram imediatamente, ela como que foi arrastada a ir para ali, por uma causa comum. De facto os seus olhos pareciam os de um cachorrinho que se sente deslocado quando chega à casa dos novos donos (não querendo com isto dizer que ali passaria a ser o seu novo destino de socialização nocturna), ou melhor, de uma criança pequena que foi obrigada a ficar acordada até tarde longe do reino do seu quarto e que só tem em mente poder encostar a cabeça na sua almofada e descansar. Pode não estar nenhuma destas metáforas minimamente próxima do que ela poderia estar a sentir, mas foi um pouco o que li naqueles olhos. Mas no fim de tudo, o que mais me marcou foi a alegria do encontro tão inesperado (até porque a minha ausência daqui do mundo cibernético teve um paralelismo físico que me deslocou um pouco do resto do [meu] mundo) num local que eu achava impossível acontecer.

Feitas as contas, o saldo final dos dois acontecimentos inesperados foi possitivíssimo, embora pudesse ter sido mais. Mas há que não ser ganancioso e aceitar as coisas como elas acontecem. E quem me garantia que se o desfecho do primeiro fosse diferente, teria acontecido o segundo? O mesmo se passou no sábado passado (perdi uma oportunidade para ganhar depois outras coisas que poderiam não ter acontecido se as minhas opções fossem diferentes ao início) e o resultado final não foi mau também. Mas ficamos sempre a pensar: e se... mas não vale a pena chorar sobre leite derramado, como diz a vox populi. A vida vai-nos dando o que pode, e as surpresas estão ao virar da esquina. À que esperar que sejam boas, mas estar preparado para o pior.

7 comentários:

Anónimo disse...

Nós não encontrámos lugar para o carro e também não insistimos muito... sabes como é a mulher!! Já vi que anoite valeu a pena...

Anónimo disse...

Duarte...

Ainda não foi desta que me pagaste um copo no BA... mas n tive culpa, depois de tanto trabalho a estacionares o meu carro, resolveu ir tudo para Santos... Claro que a "velha" foi para casa!!!
Sorry...Too bad, maybe some other time

Beijos
Co-worker

Anónimo disse...

Só por curiosidade...

"Expect The Unexpected"
Dog Eat Dog (1999)

Beijinhos

Duarte disse...

Rui, assim que vi o trânsito que estava para chegar ao Bairro deduzimos logo que vocês não iriam perder muito tempo a decidir que não iam para lá, mesmo tendo vocês um carrito jeitoso para estas situações... mas não há problemas, mais oportunidades virão para podermos disfrutar da vossa companhia (no Bairro ou noutro local qualquer).

Duarte disse...

Velha, que eu saiba tu é que me tens de pagar uma jola no BA! Depois eu posso pagar a segunda rodada (se não tiveres medo de pegar no carro por estar demasiado bem estacionado), e a terceira e etc... a ver o que aguentas. Mas isso será para some other time, e maybe. Espero só que não seja noutra encarnação! Quiçá, se noutra encarnação seremos mais que co-workers? Poderemos ser companheiros de bebida. Ou não! Também já experimentámos danças (não correu lá muito bem, mea culpa), karts parece que não vai dar, trabalho vai dando, bebida sabe-se lá... a ver o que isto dá. Beijo

Duarte disse...

3:35 PM anonymous, não tenho a certeza (nem uma ideia vaga para ser sincero) de quem sejais, mas os meus agradecimentos pelo esclarecimento musical.

Cumprimentos

sara cacao disse...

Tive algumas dificuldades na última semana para comentar o teu blog, Costinha, ao que parece o meu firewall não gosta do que escreves. Felizmente, é uma versão trial e termina amanhã! Hoje, comentei porque decidi desligá-lo para ver se funcionava!

Adorei encontrar-te naquela noite, até porque me despertou um pouco do estado zzz que me encontrava.

Neste momento, e porque este fds que passou foram as comemorações do 3º aniversário da rede ex aequo, estou totalmente afónica desde sexta-feira. Fumo e deitar tarde são duas combinações quase letais para o meu organismo que acusa de imediato tirando-me o pio!!!