domingo, novembro 19, 2006

De fio a pavio

Qual o sentido? Tal como muitos outros dizeres e ditados que costumamos usar, não temos presente quando os evocamos (claro que falo por mim mas creio que seja uma situação generalizada), qual será a sua origem, o seu significado, como foi construído, qual o propósito inicial que tinha.
Hoje ao ver no cinema acenderem uma vela veio-me à cabeça a expressão "de fio a pavio". Fiquei um pouco a pensar sobre isso e rapidamente concluí que deveria ter algo a ver com o processo que envolve a feitura de pavios para as velas. Suponho que (e falo sem o mínimo de conhecimento de causa, exceptuando a observação que já fiz de alguns pavios ao longo da minha vida) os pavios sejam constituídos por vários fios singulares que se enrolam em conjunto, formando o todo final que arde nas velas. O exemplo prático que me lembrei para esta expressão foi "ler o livro de fio a pavio", ou seja, começar a ler o livro, página a página, capítulo a capítulo até atingir o seu final e ficar com a ideia global que nos queria ser transmitida nessas folhas. Não sei se esta minha interpretação da expressão é verosímel ou se é um completo disparate, mas fez sentido na minha cabeça. E como estava a apreciar o filme, achei que me podia ficar por ali no que a estes devaneios diz respeito.

Late in the afternoon

One week went by and the weekends couldn't be different, yet so close.
Last saturday I had italian (scalopini parmigiana) for dinner, caipirinha in Bairro Alto and Loft for disco until early sunday morning. This saturday I had portuguese (feijoada de gambas), Àgua das Pedras and Incógnito until mid-dawn.
Last saturday I came home guided by the fresh rays of sunshine of early sunday morning, this saturday I drived home between the thick mist of dawn.
One week ago I went to sleep at 8.00 a.m., yesterday I fell asleep near half past five. However, last week I got up around 12.00 a.m. and today I was only able to kick myself out of bed after three in the afternoon.
Last sunday my body was tired of all the liquids, smokes and sounds of the previous night. Today my body is resenting the heavy dinner I had the pleasure of taking last night.
Last sunday I went to a magusto (boiled and baked chestnuts along with some tea) at a friend's thru the afternoon and the evening. Today I went to the movies and had a spinaches' soup and a yogurt before going in the cinema.
A week ago I wrote here at 8.00 a.m. before going to bed, today I write at the end of the evening.
Curious thing, despite the different beginnings of both sundays, they were both bright and shinny days...

domingo, novembro 12, 2006

ALVORADA!

Está na hora de acordar, e eu ainda não dormi hoje...
Ontem fui jantar a um restaurante italiano (sem pizas) e depois passei pelo BA (efemeridamente) e acabei no LOFT. A noite foi longa, lá dentro não se via o evoluir da noite e do dia cá fora e quando saí de lá já um novo dia tinha nascido com o canto dos passarinhos. Fez-me lembrar outras noites noutras cidades, outras noites noutros sítios e noutras alturas. Mas soube bem ver o sol radiante do verão de S. Martinho a banhar-me com a sua calorosa força para enfrentar mais um dia! Viva Lisboa e o seu mravilhoso sol luminoso que nos dá outra alegria de viver!

LOFT

"É aquela pessoa que sabes que queres viver o resto da tua vida"
By Susana in LOFT at Carnaval 2006. Estavas uma gata!

sábado, novembro 11, 2006

Cinema

Apetecia-me confrontar-te com um "Amo-te" definitivo, realmente sentido no derradeiro sopro do meu coração. Seguir-se-ia o genérico final com uma música de fazer sonhar, que fizesse ecoar o meu suspiro final pela interminável lista de nomes até ao "FIM". Acabaría aí esse sonho, esse desejo, essa realidade. Tudo para fora daquela sala, daquela falta de luz, daquele instante já não se seguiria, seria uma outra vivência. Mas a consciência do tempo não permite finais felizes. Há sempre um amanhã e depois e depois. Não há só mais aquele instante seguinte em que tudo nos parece ainda meio fosco; há principalmente a próxima vez, o próximo reencontro, que definitivamente não irá correr tão bem como este.

TCM

Tão Certa Mentira

Não tivesses tu tido na tua vida essa aliança que nos afastou;
Fosses tu ainda hoje aquela que conheci então pelos meus olhos e não pelo teu saber;
Estaríamos agora juntos, abraçados, a recordar uma lembrança de separação que comunhámos, então como agora, embalados pela música morna que nos aconchegou a saudade.

Grito.........

Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Apetece-me soltar-me de mim, desprender-me do meu corpo, deixar de ser, desaparecer...

Apetece-me dar um pontapé de raiva no Mundo e ser inesperadamente atropelado por um touro!

Estou farto desta ordem, deste mecanismo. Para quando um meteorito, para quando um lunático? Quando é que nos salvam de nós mesmos?

Toda a gente merece sentir a dor e infelicidade, não tem de ser apenas para alguns que vão morrendo nas nossas traseiras, nos lugares esquecidos pelos olhos dos felizes.

Resíduos

Porque é que é tão difícil tirar uma ideia da nossa mente?
Pior; porque é que é que é ainda mais difícil tirar um sentimento do nosso coração, mesmo quando já não temos as ideias associadas em mente?
Há coisas que ficam para sempre connosco, enterradas no nosso íntimo. Podem para sempre ficar adormecidas ou despertar um dia qualquer mais tarde, mas o certo é que lá estão!

Memórias e Emoções

I.
Há coisas que nunca voltam a ser como eram. Aliás, nada volta a ser como dantes, o sentido único que o tempo percorre não o permite. A única coisa que nos faz pensar nisso e que nos faz ambicionar com um regresso ao passado são as boas memórias que guardamos desses momentos. Há muita coisa que me faz pensar com saudades de momentos passados. Não sei se é sorte, se há pessoas que não podem dizer o mesmo, mas acho que guardo muitas lembranças felizes, alegres ou agradáveis dos tempos idos e ponho-me a pensar que possivelmente há coisas que devem estar indefinidamente escondidas no baú das memórias, as quais não conseguirei resgatar para o presente e com elas revisitar tudo o que vivi. Será por já me lembrar de muitas outras, será por não serem tão marcantes como as que recordo? Não sei se alguma destas hipóteses é verdadeira, se ambas o são ou se as duas não passam de especulações. Mas sei que o que presentemente disponho para recordar o que já foi é simultaneamente uma ferramenta de alegria, saudade e nostalgia. E que com o rebuscar e o relembrar de umas, outras se vão mostrando, aparecendo discretamente, com uma ponta visível a pedir para serem puxadas e expostas, tal qual um monte de velhas fotografias enfiadas numa gaveta esquecida, que quando começamos a remexer, se vão mostrando, revelando o que já fundo se tinha instalado na memória.
O lápis com que vou escrevendo isto é um objecto que me lembro de ter comigo desde que tenho memória, desde que me lembro de o ter guardado na caixa onde ainda há pouco fui procurar por outro lápis que não este, um que também já vem desde sempre, que tinha a particularidade de ter o carvão revestido com uma massa que, quando humedecida, deixava os riscos com um traço rôxo. As folhas onde o lápis escreve isto estão soltas. Sei que são de um caderno que tive na escola primária, que entretanto desfiz para guardar o que me interessava manter e aproveitei para reservar estas folhas em branco para mais tarde utilizar. Só com o acto de ir buscar tudo isto para aqui estar a escrever já me fez reencontrar muitas memórias que já não seriam facilmente resgatadas. Mas também não precisava de escrever isto do lápis e das folhas, porque quando voltasse a ler isto identificaria as folhas como sendo desse velho caderno e lembrar-me-ia do velho lápis que utilizei.
Já me dói o dedo de escrever. O hábito de usar outros suportes de escrita que não exigem usar um lápis ou uma caneta, juntamente com a falta de hábito de não pegar num lápis, acostumaram os dedos a ter outras acções e outras inter-acções com o suporte usado. E similarmente, os músculos do braço já começaram também a ressentir-se. Poder-se-á chamar a isto evolução? Daqui a quanto tempo deixará o nosso corpo de conseguir transmitir o que pensamos como o aprendemos a fazer? Daqui a quantos anos já não conseguirei escrever um texto com papel e lápis, só estando apto a o fazer com um teclado ou quem sabe, com um aparelho que me leia os pensamentos e os registe automaticamente sem que eu desenvolva qualquer esforço para além de pensar? E quando é que deixarei de precisar de pensar, de sequer ter de me esforçar para pensar, quando algo fará tudo por mim? Será que aí me vão estar disponíveis as minhas memórias? Ser-me-ão mostradas numa espécia de filme que foi compilado para eu relembrar o que possivelmente vivi? Essas lembranças são minhas, não devem ser de algo exterior a mim para me as disponibilizar de acordo com uma vontade que me seja alheia.
Já que as coisas boas que tivémos não podem voltar a ser e a acontecer, quero ter a capacidade de as poder explorar, vasculhar, remexer e redescobrir. Quero poder, no futuro, quando muito mais se tiver passado, ir evocá-las, alegrar-me por ainda as ter, voltar a conhecer-me como já fui outrora, saber que o que passou foi algo que mereça ser lembrado e revivido, nem que seja apenas em pensamento.
Hoje em dia, e no futuro cada vez mais, há coisas que fazia antes mas que já não posso fazer, não necessariamente por imposição mas também pela evolução e pela mudança que sofremos. Mas tendo a sua memória posso refazê-las mentalmente, tirar partido e gozo delas e do que elas me fizeram sentir da primeira vez e da cada uma das vezes que me consigo lembrar de o ter feito.
II.
Hoje em dia já não choro. Fará parte da evolução, do crescimento? Mas a verdade é que sinto certa falta de o poder fazer como fazia quando era mais novo. Se calhar gastei todos os cartuchos nessa altura e agora já não tenha mais lágrimas para chorar. Não creio que seja perda de sensibilidade, acho que posso estar tão ou mais sensível do que era antes, mas a forma de o exteriorizar já não consegue ser a mesma. Quando era mais pequeno chorava mais por dor emocional que por dor física. Era a forma de extravazar as emoçõese por vezes o nervosismo. Hoje sinto falta de poder ou de conseguir fazê-lo da mesma forma para certas situações. As emoções prevalecem, são até mais intensas, mas as lágrimas não saem quando deviam. E quando antes o fazia, sentia nisso um escape de certa forma. Agora o escape é capaz de ser mais racional - pensar sobre o assunto - mas não é necessariamente mais eficiente ou benéfico. Posso sempre usar as memórias para me lembrar ou para reviver, mas gostava de efectivamente o fazer quando tal fizesse sentido ou fosse necessário, como dantes. As lágrimas que choramos para dentro não nos libertam tanto como as que nos caem dos olhos pela face abaixo, que nos chegam salgadas aos lábios e á lingua, que nos deixam os olhos vermelhos e inchados... curiosamente já conseguia não ficar com os olhos muito inchados ao chorar. O truque é não esfregar os olhos ou limpá-los com as mãos; deixar as lágrimas escorrerem livremente e esperar que os olhos sequem naturalmente sem qualquer acção sobre eles. E chorar sem limpar as lágrimas era ainda mais libertador (não sei se puro?) e era um escape ainda maior. Não sei se tudo isto se relaciona de alguma maneira com o prazer que me dá sentir a chuva caír em mim sem que eu tente evitá-la ou proteger-me? Mas de facto ambas as situações são, cada uma á sua maneira e no seu contexto, escapes bastante satisfatórios para certas revoluções emocionais.

(Je pense que) Je sais...

(Eu penso que) Sei que tu não serás a mulher da minha vida.
E creio que pensas que eu não serei o homem da tua.
Mas porque é que isso nos impediria de tentarmos alcançar a felicidade juntos?
Porque não procurarmos tirar o máximo um do outro, de nós?
A felicidade não consegue ser absoluta, eterna, apenas momentânea, fugaz, deliciosamente extenuada, gasta no cair de um grão de areia numa ampulheta.
Porquê evitar que ele caia, se não temos forma de deixar de virar a ampulheta uma e outra e outra vez?

Voltei, mas...

Voltei aqui para retomar as escritas esporádicas que me surgissem na cabeça, talvez tentando aproveitar o facto de ter então entrado de férias e de tentar resumir um pouco o que nos passados seis meses passou por cá e por lá. Mas de facto as férias serviram para ser férias, para aparvalhar, para vaguear e para viajar. E tal não me permitiu retomar as divagações. Mas pode ser que me emende com o tempo.
De facto, soube muito bem tirar uns dias e aproveitar para regressar a Londres, desta vez em férias, em passeio despreocupado. Tive o enorme prazer de ser recebido pelos meus anteriores anfitriães, de gozar da sua animada companhia, de conhecer novos elementos residentes, de passear com outros amigos turistas e com novos aliens na cidade... enfim, um sem número de experiências que não seria facilmente resumidas aqui. Creio que será suficiente dizer que foi óptimo e que as saudades e a vontade de voltar não só se satisfizeram com esta visita, como também aumentaram. Vamos a ver quando será possível o retorno; aguardo ansiosamente!

domingo, novembro 05, 2006

Rurouni Kenshin 1st Ending

A par com a anterior música de abertura, esta também é uma das minhas favoritas! Se calhar foi hábito por ouvi-las quando via na televisão, mas o facto é que ficaram cá dentro e quem se lembra de mim na faculdade recordar-se-á das minhas tentativas para as cantar...
One Half-Rurouni Kenshin 2nd opening

Não percebo nada da letra, mas gosto muito desta música e adoro (estou a ficar meio viciado) a manga - já vou no 12º volume)