quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Feliz 'Diaversário'

Ando eu a tentar reunir os amigos com a desculpa de celebrar o aniversário de quarto de século no dia 25*, quando mais uma vez me deparo com uma questão pseudo-existêncial que me ponho há alguns anos: Porquê celebrar o aniversário do nosso nascimento? Pelo que penso, e pela melodia dos Genesis, It's just another day, for you and me, in paradise... mas fica sempre uma nuvem no ar, próxima da questão: 'está o copo meio vazio ou meio cheio?' (e já agora, porque é que dos mortos, mais facilmente se ouve falar dos centenários (ou outros múltiplos) do óbito que dos do nascimento?) Estamos a celebrar o ano que passou, ou o que vem aí? Dirão que é o dia, mas se estivéssemos a celebrar o próprio dia não o faríamos apenas de ano a ano mas sim dia a dia. Mas fazê-lo oficialmente é demasiado frequente (cansativo, exaustivo, dispendioso, logístico, etc...) e tornar-se-ía banal e senseless. Pelo menos gosto de tentar gozar cada dia tendo em mente a sua singularidade. Mas os aniversários são sempre um bom pretexto para forçar os mais inertes a fazerem parte da nossa companhia. A minha nova problemática é: estou a juntar gente de diversos passados às quais quero disponibilizar a minha atenção e o meu tempo, mas infelizmente (digo infelizmente pontualmente, porque gosto da singularidade de cada um de nós - problemática bem retratada no filme Primer) não me posso multiplicar em vários e distribuir-me por cada um deles... Por isso é frustrante para o aniversariante, que conhece a totalidade dos seus convidados, estar no meio deles e querer dar o mínimo a cada um. Mas mais vale poder reuní-los e tentar dar o máximo e gozar o máximo que ficar a pensar nisso sozinho (OK, também depende da vontade do momento). Por isto, vou tentando gozar da companhia dos vários players que me circundam ao longo do ano, enquanto não faço anos... E não ficará mal enquadrado o grito de guerra do 'Oh Captain, my Captain' Robin Williams: CARPE DIEM!!!




*Pelo que ouvi recentemente chama-se a tal fenómeno 'casar os anos', coisa que, tendo em conta a esperança média de vida actual nos países ditos desenvolvidos** e o número de dias de cada mês que existe no calendário vigente neles, a generalidade das pessoas que cá habitam passam por esta experiência; confesso que nunca me tinha apercebido de tal 'tradição' até há alguns anos atrás, quando pela primeira vez ouvi alguém falar do assunto, e por isso, para mim, este 'casamento' não tem significado nenhum tirando talvez a pequena graça que tenha a coincidência.
**Tenho a dizer que para além de toda a discrepância existente entre os chamados países desenvolvidos e os ditos mais atrasados, em termos de condições humanas (que daria para 'cuspir' muitas mais palavras da minha parte, o que não vou fazer agora sobre essa problemática específica), escandalizou-me no outro dia um pensamento malthusiano meu. No enfiamento da discussão sobre a sustentabilidade da nossa segurança social, pus-me a pensar que era culpa disso toda a evolução científica na área da saúde. Estamos cada vez mais ruíns, ou seja, cada vez mais quebramos mais tarde. Claro que viver sem condições minimas de higiene e de cuidados médicos não fará sentido, mas a crescente evolução da ciência leva-nos a um ponto cada vez mais próximo da imortalidade. Mas aqui faço minhas as palavras dos Queen: 'Who wants to live forever?' Haverá alguém masoquista o suficiente para viver n anos (com n maior que 80, digamos, e a tender para mais infinito)? Que condições se põem a um imortal? Sem segurança social para sustentar a dependência da ciência, teria de andar a fazer uma espécie de périplo freek-show por Big Brothers (que voltas deve ter dado o Orwell no túmulo quando resolveram nomear aquele programa) e afins para poder ter como sobreviver com condições à sua vida eterna terrena... Para não falar da generalização do caso, aí sim um verdadeiro quebra-cabeças para a segurança social e todos os serviços públicos e privados do ramo, não esquecendo as mais importantes limitações espaciais e de recursos naturais do planeta. Quem quer viver num lar de vigésima terceira idade? Por mais amor que tenha aos meus ascendentes, sei que não os terei junto a mim para sempre - That's life!! A evolução cientifíca é uma bicicleta sem travões (e quem tentar pôr os pés no chão para abrandar um pouco o ritmo facilmente será um moralista ortodoxo e arcaico aos olhos da maioria, onde facilmente me incluo, caso não seja eu a gastar a sola) que vai numa descida vertiginosa e sem fim à vista. Saberemos alguma vez colocar um pouco de razão (tão cara à ciência) na evolução humano-científica? Não posso dizer que já cá não estarei para ver, porque não sei até quando é que me vão fazer ficar cá às custas dessa própria evolução. Mas espero que não demore muito.

domingo, fevereiro 19, 2006

Family Ties

Vim agora da feira do toiro em Santarém... Valeu a pena principalmente pela companhia, a dos membros da minha família paterna, que são sempre alguém que vale a pena ter por perto. É difícil explicar por palavras, acho que só mesmo vivido é que se percebe o que é a companhia dos Costas, e creio que ninguém saia defraudado.
A temática da feira não me interessa por demais, é mais o ambiente que posso disfrutar. Embora assuma que dê importância a certas características próprias daquele meio (desde a temática musical - o fado; passando pela culinária típica, até aos assuntos/artigos relacionados não tanto com o toiro mas mais com o cavalo).
É sempre saudável mudar de ares, dar descanso aos hábitos tantas vezes repetidos e aproveitar para disfrutar de certos prazeres e companhias. Moral da história: não deixem de fazer aquilo que vos dá prazer e não se esqueçam de saír da rotina. Lembrem-se que há sempre milhentas outras coisas para fazer, milhentas outras pessoas para estar. Não se deixem caír numa cadeia de montagem, em que os dias são todos iguais porque fazemos sempre o mesmo.
Agora vou dormir porque já se faz tarde (e já estou com discursos moralistas :s ) e amanhã tenho de estar preparado para um grande grande filme - Il Gattopardo.

sábado, fevereiro 18, 2006

A Day 2

Bonjour a tous.

A dor de cabeça lá se foi, graças às drogas empacotadas e legalizadas que nos deixam tomar para podermos ter uma happy life!!! e à moderação no consumo de substâncias que me levaram a tal estado de desconforto (o néctar dos deuses). Alguém alguma vez pensou que poderia ter algo de graça? Claro... todos sonhamos. Mas tudo tem o seu espaço (e por isso o seu custo) espacial, mental, temporal... Senão como poderia estar a ouvir agora o Carlos Ramos a fadar-me os ouvidos se pusesse a tocar outros dos vários discos que me apeteciam degustar? Mas é por isto que as coisas têm o seu gosto próprio; e algumas sabem tão bem...

Com isto repito a saudação inicial e desejo que este dia seja a day 2 taste!!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006






Estará lá para cima? Posted by Picasa

Opening session

Serve o presente para abrir este espaço.
De momento a inspiração está obstruída por uma dor de cabeça minimante desconfortável, como tal não serve de exemplo ao que se possa passar aqui posteriormente. Pelo menos espero não ter esta dor de cabeça indefinidamente nem tão pouco guardar a falta de inspiração comigo por muito tempo...
Mas quem sou eu para decidir pela minha própria cabeça o que se passa dentro dela?
Sejam bem vindos todos e mais algum.