segunda-feira, abril 03, 2006

Value the expected

Depois de acabar de publicar o post anterior fui tomar banho e pus-me a pensar no que tinha escrito. Muitas vezes no banho vêm-me ideias à cabeça, não sei se por ter água a regar a mioleira, se por me encontrar num sitio isolado de tudo o resto, se por outra qualquer razão estapafurdia, se é que tem de haver razão?

O que fiquei a pensar foi que o que tinha escrito descrevia de forma minimamente fiel as minhas emoções da noite em questão. Mas que na noite em questão houve muito muito mais que apenas os factos relatados. Está certo que os relatei por serem marcantes (e talvez invulgares), mas fiquei a achar (na banheira) que tinha acabado de cometer uma pequena grande injustiça!

No intervalo de tempo entre tudo o que já relatei antes não houve um vazio. Estive preenchido e pude gozar da companhia de alguns dos meus amigos, quer ao jantar, quer no social do Bairro Alto. E é a eles que eu sinto que possa ter defraudado quando escrevi o post anterior. Porque eles são a companhia que faz valer a pena ir jantar fora, passar a noite a vagabundear pelo Bairro ou ir para qualquer outro lado. É por ter a sua companhia que estou lá, é por saber que, mesmo que não combine nada com eles, posso ter a agradável surpresa de os encontrar mais uma vez no sítio do costume (não é o Pingo Doce!). Tal como quando tenho o prazer de ouvir um deles dizer-me com um sorriso maroto sempre que nos encontramos lá: "Não falhas!". E de facto é bom ouvir isso, porque só o posso ouvir se ele lá estiver também. E mesmo sem ouvir dos outros essas mesmas palavras, saber que eles não falham, que estão lá se for preciso e mesmo quando menos é preciso, dá um sabor especial à sua companhia. Não que isso esteja presente na minha mente em todos os momentos, mas de facto se eles faltassem não faria sentido fazer certas coisas e não teria as oportunidade de esperar o inesperado.

É fácil menosprezar aquilo que damos por garantido e pensar que será algo certo para sempre. Mas nada é para sempre! O que temos de saber é que se quisermos prolongar algo ao longo das nossas vidas, possivelmente até ao fim, então temos de saber como as conquistar e como as preservar. Mas também importante, temos de saber como as disfrutar.

4 comentários:

sara cacao disse...

"Vida é vida. Vive-a!" Teresa de Calcutá ;)

Duarte disse...

Exactly!

Anónimo disse...

Deixo-te este pensamento, que acho que encaixa bem no teu post. E espero que sejas sábio suficiente para... Bjs, KiKi.
"Existem dois objectivos na vida: o primeiro, o de obter o que desejamos; o segundo, o de desfrutá-lo. Apenas os homens mais sábios realizam o segundo." in "Afterthoughts" by L.P.Smith, Estados Unidos [1865-1946], Escritor

Duarte disse...

Espero que sim também. Pelo menos faço por difrutar ao máximo o que consigo obter e o que me é dado.
É importante darmos valor às coisas que temos, e saboroso reconhecer o que elas significam para nós.